“É um jogo político. Eu não sou bandido, a exemplo do Lula. O Lula não é preso político; o processo pelo qual estou respondendo, esse, sim, é político”. A declaração polêmica é do deputado federal Jair Bolsonaro, pré-candidato à Presidência da República pelo PSL. A intenção, segundo Bolsonaro, é de tirá-lo da corrida eleitoral.
No sábado (14), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ofereceu denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o político por crime de racismo.
A acusação, que terá relatoria da ministra Rosa Weber, cita expressões discriminatórias que o pré-candidato usou durante uma palestra no Clube Hebraica, em abril do ano passado. Na ocasião, Bolsonaro lembrou de uma visita que fez a uma comunidade quilombola e afirmou que ali “não fazem nada” e “nem como procriadores servem mais”.
À Band, o político comentou o assunto e disse que falou apenas a verdade. “Devemos fazer os quilombolas produtivos, e não confinados como se estivessem em um zoológico, recebendo Bolsa Família e cesta básica”, opinou.
“Eles precisam de liberdade até para evoluir, e não ficar apenas recebendo dinheiro do governo, que é de todos nós que pagamos impostos. A maioria deles não quer isso, a maioria quer ganhar o próprio dinheiro e comprar o que quiser, e não ficar esperando algo do governo”, completou.
Bolsonaro afirmou ainda que não vê preconceito em sua declaração. “Onde está o racismo nisso? Eu impedi algum afrodescendente de entrar em algum lugar, de tomar posse, de ser promovido como proíbe a lei? Acorda Raquel Dodge! Quer tirar alguém do combate na mão grande? Não vai colar isso aí”, disse.
Redação Portal T5